sábado, 10 de maio de 2014

CULTURA AFRO-DESCENDENTE - 13 DE MAIO DE 1888, ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

A 13 de maio de 1888, domingo, cerca de 15 horas da tarde no Paço da cidade, a Princesa Imperial Regente D. Isabel, utilizou uma caneta do ouro e pedras preciosas, oferecidas pelos abolicionistas, e assinou a LEI ÁUREA, pelas qual ficava abolida a escravidão no Brasil.
A luta pela abolição foi longa e neta se empenharam as grandes inteligencias do País, a parcela consciente da sociedade.
Todos os movimentos revolucionários, como a Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana propunham medidas para substituição do traço escravo pelo trabalho livre.
Mas a estrutura agraria brasileira, com a monocultura (do açúcar e depois do café) procurava intensificar o trafico escravo que lhe garantia mão-de-obra barata.
A produção do açúcar, no Brasil, estava crescendo e atrapalhando os negócios dos ingleses que tinham extensas plantações de cana nas Antilhas. Então, estes últimos, começaram a exigir que acabasse o trafico negreiro, não por razões de interesse econômico.
Em 1831, foi promulgada uma lei que declarava livres os negros que entrassem no Brasil a partira daquela data. Esta lei nunca foi obedecida.
Em 1850, foi proibido definitivamente o tráfico. Mas, também, inutilmente.
A 28 de setembro de 1871, aprovou-se uma lei que declarava livre os filhos de escravos nascidos da daquela data em diante. Foi chamada de LEI DO VENTRE LIVRE e também foi sancionada pela princesa Isabel, pois o Imperador, seu pai, estava na Europa.
A 28 de setembro de 1885 surgiu a LEI DOS SEXAGENÁRIOS, que decretava a liberdade dos escravos com mais de 60 anos.
Mas as crianças, livres por força da lei, tinham que ficar com as mães que eram escravas. E os velhos, com mais de 60 anos, o que podiam fazer com sua liberdade, eles que tinham passado a vida no cativeiro?
Abolicionistas ilustres com Luis Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Castro Alves e centenas de outros brasileiros, percebiam que só uma lei, definitiva, como a LEI ÁUREA, poderia terminar com a escravidão e dar liberdade a mais de 700.000 escravos negros que trabalhavam na agricultura, sem falar naqueles que prestavam outros tipos de serviços.
Fonte:O livro do Magistério.

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